Pr. Paulo Moura é eleito capelão-mor da Aliança Evangélica Pro-Capelania Militar e de Segurança Pública do Brasil
No dia 03 de abril, o pastor Paulo Moura, presidente da Primeira Igreja Batista em Madureira-RJ, foi eleito capelão-mor da Aliança Evangélica Pro-Capelania Militar e de Segurança Pública do Brasil (ACMEB). A cerimônia foi realizada na Faculdade Teológica Batista de Brasília (FTBB) – DF, e, também foi um Culto em Ações de Graças pela vida do reverendo Aluísio Laurindo, que encerrou seu ciclo na referida função.
A solenidade teve a participação do pastor Héber Aleixo, 1º vice-presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), e pastor Fabrício Freitas, diretor-executivo da Junta de Missões Nacionais (JMN).
Em suas redes sociais comentou sua percepção sobre a cerimônia. “Momentos como esse inevitavelmente nos fazem recordar das Assembleias Anuais da Convenção Batista Brasileira, quando, com grande honra, recebíamos os expedicionários que serviram na Segunda Guerra Mundial. Era emocionante homenageá-los por sua bravura e pela disposição em servir à nossa nação com coragem e sacrifício. Histórias como essas nos inspiram profundamente e nos lembram do valor eterno de uma vida vivida em serviço, com coragem, fé e amor ao próximo”
Já o pastor Fabrício Freitas, destacou a “honra em poder participar deste momento tão gracioso”.
O pastor Paulo Moura explicou como foi convidado para a função. “Fui convidado pelo reverendo Aluísio Laurindo, pastor metodista, para substituí-lo na função de capelão-Mor da ACMEB, uma Organização interdenominacional, que possui como principais finalidades, representar as denominações dos capelães evangélicos, militares e civis, junto às respectivas Forças e Instituições em que atuam, além de apoiar os capelães evangélicos no cuidado das suas necessidades espirituais, emocionais e de preparo e capacitação para o exercício do ministério de capelania. Recebi a notícia da eleição, por unanimidade pelo Conselho Gestor, com humildade e ciente da responsabilidade concedida por Deus de servir aos capelães institucionais e voluntários, dando prosseguimento ao legado deixado pelo reverendo Aloísio” explicou.
Ele também falou sobre o que essa nova missão representa para a sua vida e ministério. “Servi como capelão militar do Exército Brasileiro, de 2001 a 2008. Essa missão representa a continuidade de um chamado, dado pelo Senhor, que é o exercício da capelania no meio militar, o cuidado com os militares e suas famílias e com os capelães. Todo aquele que cuida, precisa de cuidado, comentou.
Além disso, destacou a importância da Capelania nesse contexto. “O ministério de capelania, seja militar ou civil, é muito necessário, pois é, na sua essência, de misericórdia, cuidado e encorajamento. Os militares das Forças Armadas e de Segurança Pública lidam com inúmeras demandas, estão expostos a ambientes perigosos e com muitos desafios no cumprimento de suas missões. A espiritualidade é de extrema necessidade e importância para a manutenção da saúde mental e elevação da moral dos militares, pois proporciona um senso de pertencimento, acolhimento e propósito, além de fortalecer a resiliência e ajudar na regulação emocional em ambientes, geralmente, de alta pressão e alerta. Mais do que simples conselheiros, os capelães, institucionais ou voluntários, são na sua essência, pastores que apascentam e cuidam de pessoas, auxiliando-as a prevenirem problemas e a enfrentarem não apenas os inimigos e combates externos, mas também as batalhas interiores”, encerrou.
Vale ressaltar que na atual diretoria da ACMEB, além do pastor Paulo Moura Capelão-Mor, como pastor Batista, temos o diretor presidente, General de Brigada Roosevelt, que é membro da Segunda Igreja Batista do Plano Piloto - DF, e o diretor do Conselho de Veteranos, general de Exército Menandro, que é membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF.
UM BREVE HISTÓRICO DA CAPELANIA MILITAR NO BRASIL
O trabalho de assistência espiritual às Forças Armadas e de Segurança Pública é antigo e institucionalizado no Brasil. Nas Forças Armadas, a capelania militar existe desde 1944, quando o Serviço de Assistência Religiosa foi criado pelo governo Getúlio Vargas para auxiliar em operações de guerra. A Força Expedicionária brasileira, que lutou na Itália durante a Segunda Guerra Mundial, viajou acompanhada de trinta padres católicos e dois pastores evangélicos, João Filson Soren, pastor batista, e Juvenal Ernesto da Silva, pastor metodista.
Atualmente, a capelania militar é regulada por uma lei federal de 1981, que instituiu o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas (SARFA). Cada Força possui uma organização, que é responsável pela seleção e formação de capelães.
Os capelães das Forças Armadas são oficiais não combatentes, remunerados e que prestam serviço pastoral dentro da corporação militar. Isso inclui atendimento aos militares e suas famílias; visitas aos enfermos e presos; acompanhamento à tropa nas operações; ministração de palestras e celebrações religiosas (missas e cultos) e rituais de casamentos e fúnebres.
Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira