Numa reunião de obreiros para conversarmos e elaborarmos a agenda da Assembleia Comum da Igreja, tivemos um tempo de diálogo, de um rasgar de coração e até de um bate-papo, quando tivemos a oportunidade de expor os nossos pensamentos e sentimentos em Cristo Jesus (Filipenses 2.1,2). Tudo caracterizado pela informalidade, camaradagem e amor cristãos. Nesta reunião, aprendi algumas lições que desejo repartir com os que foram e os que não foram.
1) Que o verdadeiro amor é sempre sincero. Esta foi a recomendação de Paulo em Romanos 12.9,10. O amor não usa máscara. Ele é limpo. Coração, palavras, semblante, atitudes e atos, sempre autênticos ou coerentes. É o amor de I Coríntios 13. O verdadeiro amor lança fora todo o medo (I João 4.18). O amor é sublime. O amor equilibra. Tempera. Não faz mal. Encoraja. Fortalece. Inspira.
2) Que as pessoas, geralmente, não são verdadeiras. Vejam o que disse Charles Swindoll: Não desejando ser autênticos, nós nos escondemos, negamos, mentimos, fugimos, tentamos escapar. Fazemos qualquer coisa, menos expor a verdade. E lançamos a culpa nos outros. Ridicularizamos. Dominamos. Criticamos. Dilaceramos a vida das pessoas com nossas palavras. E depois criamos maneiras que nos poupem uma admissão dessas coisas (Charles Swindoll - Livro: Eu, um servo? Você está brincando! Betânia, MG, 1983, p. 35). Sabemos que há pessoas sinceras, que falam o precisamos ouvir. Que discordam da gente. São coisas salutares.
3) Que há pessoas, um bom número, que não consideram o seu líder. Não o honram, ouvem com atenção e não têm zelo por ele. O seu desejo consciente ou inconsciente é puni-lo, criticá-lo, achincalhá-lo nos corredores, nas vias e esquinas. Fazem comparações com outros líderes ou pastores. Estão sempre insatisfeitas. Na verdade, é fruto de uma insatisfação ou frustração pessoal. Há muita gente doente, marcada por traumas, ressentimentos, angústias profundas, invejas etc. Há muitas pessoas nas Igrejas com questões seríssimas não resolvidas.
4) Que desperdiçamos dons, talentos e oportunidades ou tempo tanto na vida pessoal quanto na vida coletiva. Não evangelizamos. Não discipulamos como ordenou o Senhor Jesus. Não oramos frequentemente por pessoas, a começar dos nossos familiares não crentes. Não temos tido paixão por Deus, pelo Evangelho, pela Igreja do Senhor Jesus. Temos um compromisso inadiável com a pregação do Evangelho (I Coríntios 9.16). Estamos mais para finais de semana do que para um estilo de vida diário comprometido com o testemunho pessoas nas várias dimensões da vida.
5) Que as pessoas estão mais preocupadas em prover para si mesmas do que serem usadas por Deus para proverem o sustento da obra de Deus. São infiéis nos dízimos e nas ofertas. Desobedecem frontalmente a Palavra de Deus (Malaquias 3.7-10). Não têm prazer em contribuir, em dizimar o valor correto. Agem com incredulidade e medo de faltar alguma coisa em casa. Gastam muito mais com vaidades pessoais do que com o Reino de Deus.
6) Que a nossa Igreja precisa estar unida no propósito, na comunhão e na missão. Há pessoas que têm prazer em disseminar a maledicência, os comentários maldosos, perniciosos, doentios e altamente nocivos para o Corpo de Cristo. Não podemos tolerar as atitudes dos maledicentes de plantão. Certamente, os que promovem a desunião, a divisão e descontentamento na igreja pagarão um alto preço. Deus vai cobrar deles.
7) Que as pessoas estão insensíveis às necessidades do próximo. Claro que há exceções à regra. Há irmãos e irmãs muito solícitos, amorosos, sensíveis e compassivos. Mas há um número considerável de pessoas que não está nem aí para o sofrimento alheio. Não está nem aí para o crescimento da Igreja e suas demais necessidades. Nada sentem. Nada fazem. Como na parábola de Jesus, não podemos agir como os religiosos que não acudiram o homem semimorto, mas precisamos ter a atitude do samaritano (Lucas 10.25-37).
8) Que precisamos cuidar com muito zelo do patrimônio da Igreja. Devemos participar com recursos financeiros e com o nosso trabalho amoroso. Participarmos dos mutirões de construção, limpeza, ordenamento para que, acima de tudo, Deus seja glorificado.
9) Que participemos ativamente no crescimento qualitativo e quantitativo da nossa amada Igreja. Invistamos em seu crescimento equilibrado. Invistamos muito mais em missões. Estabeleçamos parecerias bem-sucedidas. Aproveitemos todas as oportunidades para testemunharmos de Cristo, nosso Senhor. E que não nos cansemos de fazer o bem (Gálatas 6.9).
10) Que necessitamos trabalhar mais unidos. Os nossos ministérios precisam de um engajamento na unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Efésios 4.1-6). O nosso olhar deve estar sempre em Jesus, o Autor e o Consumador da nossa fé. A nossa unidade acompanhada da busca da excelência em tudo o que realizarmos. Nós somos um time lavado e remido no sangue de Cristo. Somos um exército lutando, em Cristo Jesus, contra as forças do mal (Efésios 6.10-20). Em Cristo Jesus, somos mais que vencedores (Romanos 8.37).
1) Que precisamos visitar uns aos outros não por obrigação religiosa, mas com o amor do autêntico cristianismo. Exercer o aconselhamento mútuo em plena confiança. Temos a liberdade em Cristo de rasgar o nosso coração, expor nossas entranhas, orar intensamente uns pelos outros. O Pai deseja que Seus filhos estejam vivendo unidos. Que Seus filhos se assentem à mesa da comunhão fraterna, íntegra, pura e sem segundas intenções. Como precisamos cuidar uns dos outros com o mesmo sentimento de Cristo Jesus (Filipenses 2.1-11).
12) Que oremos e trabalhemos cooperando com o Espírito Santo para sermos uma Igreja santa, pura, profundamente consciente da sua missão cristã e preparada para a volta de Cristo. Que seja uma Igreja encontrada servindo com amor quando o Senhor Jesus retornar para buscá-la. Maranata, Jesus!