No meu último artigo, abordei sobre Samá, um dos valentes de Davi, que com sua coragem derrotou os filisteus num campo de lentilhas. O relato bíblico, só para lembrar, está em II Samuel 23.12 que diz: “Mas Samá permaneceu em sua posição no meio do campo e derrotou os filisteus. Desse modo, o Senhor lhe deu grande vitória”.
Neste artigo, desejo abordar sobre uma tribo que decidiu apoiar Davi.
Gosto de pensar e prestar atenção nos detalhes históricos acerca desses homens, conhecidos como Valentes de Davi. No texto a ser destacado, não menciona um homem especificamente, mas uma tribo, Issacar, que decidiu ficar ao lado e combater por Davi. O texto bíblico se encontra em I Crônicas 12.32, que diz: “Da tribo de Issacar, 200 chefes com seus parentes. Todos eles entendiam bem os acontecimentos daquele tempo e sabiam qual era o melhor caminho para Israel seguir”.
A ideia de tribo, no contexto do Velho Testamento, na cultura de Israel, é de família, clã. Pensando nesta conjuntura, podemos afirmar que toda a família de Issacar serve de inspiração para nós, nos dias de hoje. Os 200 chefes, com seus parentes, entendiam bem o que estava acontecendo naqueles dias e sabiamente apontaram o melhor caminho a seguir.
Precisamos, em nossas Igrejas, na nossa denominação, e de modo especial, nas nossas famílias, de homens assim. Homens e mulheres que saibam perceber claramente o nosso momento histórico, as tendências da sociedade e apontem, com segurança, o caminho a seguir.
Interessante observar é como a Nova Versão Internacional (NVI) traduz esse texto. Diz a Bíblia, na tradução da NVI: “Da tribo de Issacar, 200 chefes que sabiam como Israel devia agir em qualquer circunstância. Comandavam todos os seus parentes”. Ambas as traduções, Transformadora e NVI, trazem a mesma ideia, mas com palavras diferentes e inspiradoras.
Na tribo de Issacar podemos encontrar sabedoria, discernimento, segurança, liderança e cuidado. Como precisamos, em nossas famílias, de homens da estirpe dos chefes das famílias da tribo de Issacar! Precisamos de líderes em nossas famílias que entendam o que está acontecendo na sociedade, que tenham discernimento para analisar os fatos, que orientem a família como agir, segundo os princípios cristãos, que saibam agir, biblicamente, diante de cada circunstâncias.
Não podemos, como maridos, esposas, pais e mães, pensar que nada está acontecendo no sentido de destruir a instituição família. Não podemos deixar de pedir a Deus sabedoria para discernir os acontecimentos, as tendências diabólicas que tentam, de todas as maneiras, sequestrar o coração dos nossos filhos e netos. Devemos pedir a Deus, especialmente os homens, coragem para liderar nossas famílias em meio às ondas agitadas que querem tragar os valores, os princípios, os bons costumes, as tradições das famílias cristãs. Se omitir, se isentar, ignorar os movimentos que visam atacar a instituição da família, do casamento, de deturparem as questões que envolvem a sexualidade humana é covardia e sinal de fraqueza.
Se queremos ser, como pais e mães, como os chefes da tribo de Issacar, temos que nos levantar e dar um brado de alerta, chamar a todos de nossa família a uma reflexão e, sem hesitar, apontar o Norte, tendo a Bíblia como a única bússola, mesmo que a maioria esteja no sentido contrário.
Que sejamos, em nossas famílias, como os chefes da tribo de Issacar.