Na passagem de mais um 12 de outubro, quando celebramos o “Dia das Crianças”, precisamos parar um pouco e refletir em como temos agido em relação aos pequenos ou “baixinhos” como foram apelidados por uma apresentadora infantil.
Como preservar os filhos em meio aos perigos da modernidade tecnológica e, principalmente, “virtuais”, sem proibi-los de usufruir de seus benefícios?
Hoje temos informação em tempo real e 24 horas por dia. Essa é a principal função da internet. Se bobear, os filhos sabem mais sobre certos temas que os próprios pais. O tempo não é o mesmo, tudo mudou... e numa correria desenfreada.
Como tudo tem o seu lado bom e ruim, esses benefícios oferecidos também podem transformar-se em grandes males que entram em nossas casas como se fossem um furacão, colocando tudo de pernas para o ar. São tantas inovações que alguns “responsáveis” pelos menores nem conhecem direito: Facebook, Instagram, WhatsApp... apenas para citar alguns dos múltiplos serviços oferecidos das redes sociais que provocam uma verdadeira “febre do inconsciente coletivo”.
Numa pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Consumo do Reino Unido, entre crianças de 9 a 13 anos, mostrou que os computadores tiram o tempo em família desses pré-adolescentes, ficando mais expostos a anúncios nocivos à sua própria formação psicológica.
Uma outra pesquisa realizada no Brasil aponta que só no início deste ano, o país atingiu um número de 32,9 milhões de pessoas na faixa de 16 anos ou mais que têm acesso à internet. E a maior preocupação para os pais é que, hoje, o uso da internet parece não ser passível de controle. E se já é difícil impor limites dentro de casa, a situação torna-se cada vez pior quando sai dos lares e escolas e toma conta de outros ambientes, como por exemplo, cibercafés e lan houses. Esses espaços estão invadindo as cidades e conquistando a atenção dos adolescentes e crianças, que somam o maior número de frequentadores assíduos desses locais onde as más companhias são constantes.
Vale muito o sábio conselho de Salomão em Provérbios 22.6: “Educa a criança no caminho em que se deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Por mais difícil que possa parecer o regime de controle e disciplinar da criança, a Palavra de Deus ensina que a criança deve ser educada para obedecer aos pais.
Como disse uma publicitária: “Meus pais me deram uma excelente educação e eu nunca fiz nada escondido, pois o diálogo era constante dentro de nossa casa. Nasci num lar evangélico e nunca me afastei de Jesus para ‘experimentar o mundo’ porque dentro da minha casa recebi todo o aparato necessário para perceber que Jesus é maravilhoso e que as coisas que o mundo oferece são ilusões. Por essa razão, procuro mostrar aos meus filhos aquilo que diz o apóstolo Paulo no livro de I Coríntios 10.31: “Quer comamos, quer bebamos, façamos tudo para glória de Deus”. É assim que devemos educá-los e ensiná-los. Que nascemos e vivemos para o louvor desse Deus maravilhoso.
As regras valem também para serem aplicadas em relação ao tempo gasto no computador e aos games que parecem levar o usuário a outro mundo. Tudo em excesso é prejudicial, até mesmo informações e entretenimento. Se até o Bill Gates, dono da Microsoft, faz isso com os filhos, por que não faremos?
Especialistas da área de informática afirmam que, hoje, já existem vários métodos técnicos que os pais podem utilizar para manter os filhos longe daquilo que é inútil. Serviços de bloqueios de portais e filtros de determinadas informações já podem ser encontrados em alguns sites que se dedicam especificamente à criação de softwares pessoais, que podem controlar o acesso daqueles que tentam burlar as regras.
A educação dos filhos é prioridade e ninguém deve ter medo até mesmo de tomar medidas enérgicas para a obtenção de resultados. Como diz em 1 João 5.19: “...o mundo jaz no maligno”. E desta forma não há outra opção para os pais senão a busca pela orientação de Deus para uam ação imediata que levem seus filhos a manterem-se longe das investidas do mal ou você prefere que eles se tornem “crianças sem controle”?
Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB