Artigo

Primícias ou ultimícias?

 

Muitos cristãos, ao se converterem a Cristo, passam a aprender no dia a dia como é a vida de um servo do Senhor. E até aprendem bem, mas quando se trata do bolso – eis o grande problema e desafio.

 

Provérbios 3.9-10 diz:“Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares”. As primícias são “primeiras coisas de uma série; começos, prelúdios; os primeiros frutos colhidos; os primeiros animais nascidos num rebanho; primeiros lucros”.

 

Muitos cristãos, ainda mais em tempos de crise, parecem “esquecer” do dízimo e, ao invés de pensar que são as primícias, deixam como as ultimícias. Se não “sobrar” nada, simplesmente não sobrou. Não fale: “Queria tanto, mas não deu...”

 

O apóstolo Paulo recomenda: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade [...]” (I Co 16.2). Ele fala “o que puder ajuntar”, assim atinge a todos, até os que recebem pouco ou trabalham de bico.

 

Tem gente que, ao ver na TV maus exemplos do uso dos recursos ofertados em algumas Igrejas – como recentemente um pastor que recebeu uma facada e, ao invés de agradecer a Deus, explorou o fato para pedir “ofertas” – diz que, por isso, não dá seu dízimo fielmente. Realizam apenas ofertas e dizem: “Não usam bem o que dou”.

 

Não deixe que o “escorpião” que mora no bolso pique você, nem fique com pena de dar a Deus o que é dEle. As Suas bênçãos são infinitas a cada um. Também não dê por interesse de receber algo em troca, mas com prazer e alegria. Diga: “Dou com liberalidade porque amo Jesus”.

 

“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. (II Co 9.7). Lembro-me do meu avô Pedro. Ao preencher um formulário da Igreja que perguntava “Qual o seu dom?”, ele respondeu: “Entregar o dízimo fielmente”. E que precioso dom é esse!

 

Coloque para Deus as primícias de tudo que conseguiu prosperar e não permita acabar, com essa crise, nem deixe como as ultimícias.

 

 

Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB