Artigo

Voz que interrompe o caos: o agir extraordinário de Deus em meio às lutas

“Jesus despertou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Aquiete-se!’. De repente, o vento parou e houve grande calmaria.” (Marcos 5.39).

 

A palavra “caos” pode ter vários significados, a depender do contexto em que é empregada. Mas, de modo geral e cotidiano, se refere a um estado de desordem, confusão e imprevisibilidade.

 

E, cá entre nós, essas palavras – desordem, confusão e imprevisibilidade – resumem e/ou expressam a vida atual de muitos jovens e adolescentes em nosso país. Eles enfrentam crises de identidade, vivências familiares desajustadas, sexualização precoce e cultural, mercado de trabalho diversificado e desafiador, relacionamentos superficiais e rompidos, excesso de informações, consumo desmedido, emoções oscilantes, sentimentos reprimidos, ansiedade dominante e um vazio que grita: socorro!

 

As redes sociais, que mostram a todo instante uma falsa felicidade, contrastam com os muitos que choram no silêncio de seus quartos, sem saber para onde correr. Além disso, uma busca incessante por prazer imediato, somada à pressão dos padrões culturais, tem gerado uma geração cansada, ferida e, muitas vezes, desesperada.

 

Será que esse cenário exposto até aqui é um exagero? Infelizmente, não! Mas, e aí? O que fazer?

 

Clame a Jesus. O clamor é um grito de socorro. Na narrativa do texto base deste devocional, os discípulos clamaram: “Mestre, vamos morrer! O Senhor não se importa?” (v.38). Qual é o destaque dessa súplica? O grito? O desespero? A pressão? Não. A principal palavra do clamor dos discípulos foi: Mestre. Não se trata apenas de um vocativo de respeito, mas de uma expressão que revela a relação entre os discípulos e Jesus.

 

Muitas pessoas, em meio ao caos, suplicam a Deus por ajuda, por socorro, por resposta, sem um relacionamento real. Mas suas vozes simplesmente ecoarão ao vento e ao nada. Quando temos um relacionamento com Jesus, a resposta é garantida. Ele ouvirá. Você é filho de Deus? Você é discípulo? Ou é somente alguém que tão somente acredita na existência de Deus?

 

Ouça a voz de Jesus. Após clamar, é preciso focar em Jesus, de onde virá a resposta e o socorro. Muitos, em uma relação unilateral com Deus, choram, suplicam, clamam e continuam suas vidas no mesmo caos, lutando com a força do próprio braço, mantendo o mesmo nível de desespero até perder a esperança.

 

Ei, atenção. Quando você fala com uma pessoa, o que você espera dela? Sim, é óbvio: que ela responda, ainda mais se direcionarmos um grito de clamor ou de socorro. Mas há um grande segredo no relacionamento com Jesus: logo após um clamor, devemos reservar tempo em silêncio. Silêncio no coração e na mente, para que possamos ouvir a sua voz. Você tem conseguido ouvir a voz de Jesus?

 

Por fim, creia. Somente creia. Jesus, ao ver o desespero dos seus discípulos e, provavelmente, nenhuma confiança aparente, pergunta a eles: “Vocês ainda não têm fé?”. E talvez essa seja a mesma pergunta que Ele nos faz hoje: “Vocês ainda não têm fé?”. A Bíblia afirma, na carta aos Hebreus, capítulo 11, verso 6: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que Dele se aproxima creia que Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” A fé é a confiança total em Deus. É confiar no amor de Deus e descansar em Seu caráter. O Salmo 34.8 nos direciona a isso: “Provem e vejam que o Senhor é bom! Como é feliz o que Nele se refugia!”

 

Clame a Jesus. Ouça sua voz e aguarde o agir extraordinário Dele!

 
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